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Há 102 anos, o Brasil declarava guerra às potências centrais. Entenda o que veio depois disso
Em julho de 1914, quando teve início a chamada Grande Guerra (na época, ninguém imaginava que haveria uma segunda), o Brasil preferiu manter a neutralidade. Com o tempo, o governo brasileiro foi criticado por movimentos como a Liga de Defesa Nacional, criada em 1916 e presidida por Ruy Barbosa, que defendia o engajamento do país no conflito ao lado de Inglaterra, França e Rússia.
Mas, como havia políticos no Congresso simpáticos à Alemanha, ao Império Austro-Húngaro e à Itália, o governo manteve a preferência por permanecer neutro no conflito.
Somente em outubro de 1917, três anos após o início da guerra – e seis meses depois de os Estados Unidos ingressarem nela –, o Brasil declarou guerra à Alemanha. A decisão do governo Venceslau Brás (1914-1918) foi uma resposta ao afundamento de navios mercantes brasileiros por submarinos alemães. Os ataques haviam ocorrido no começo do ano.
Declaração direta
Em abril de 1917, o vapor brasileiro Paraná foi torpedeado. O navio Tijuca foi atacado no mês seguinte. O governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com o bloco germânico, confiscando 42 navios alemães que estavam em portos brasileiros.
A declaração direta de guerra, porém, veio só em 26 de outubro, três dias após o ataque ao terceiro barco brasileiro, o cargueiro Macau, pelo submarino alemão U-93 perto da costa da Espanha. Como o navio foi capturado e o comandante feito prisioneiro, uma imensa pressão popular obrigou o governo a tornar o Brasil o único país da América Latina a declarar guerra à aliança germânica.
Na prática, a participação do país se deu com o envio de médicos e aviadores à Europa e com a cooperação com os ingleses na patrulha do Atlântico Sul. O principal ataque que o Brasil sofreu na guerra, contudo, não veio do front inimigo.
Antes de chegar à Europa, no Atlântico, a gripe espanhola dizimou boa parte da tripulação dos navios enviados para lá: 176 pessoas foram mortas com o vírus – e nenhuma morreu em batalha.
Após a guerra, o Brasil foi convidado à Conferência de Paz que culminou com o Tratado de Versalhes, em 1919, e obteve vantagens: autorização para ficar com os navios alemães aprisionados e a devolução de depósitos bancários retidos desde 1914 na Alemanha, referentes à venda de 2 milhões de sacas de café.
Mas, como havia políticos no Congresso simpáticos à Alemanha, ao Império Austro-Húngaro e à Itália, o governo manteve a preferência por permanecer neutro no conflito.
Somente em outubro de 1917, três anos após o início da guerra – e seis meses depois de os Estados Unidos ingressarem nela –, o Brasil declarou guerra à Alemanha. A decisão do governo Venceslau Brás (1914-1918) foi uma resposta ao afundamento de navios mercantes brasileiros por submarinos alemães. Os ataques haviam ocorrido no começo do ano.
Declaração direta
Em abril de 1917, o vapor brasileiro Paraná foi torpedeado. O navio Tijuca foi atacado no mês seguinte. O governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com o bloco germânico, confiscando 42 navios alemães que estavam em portos brasileiros.
A declaração direta de guerra, porém, veio só em 26 de outubro, três dias após o ataque ao terceiro barco brasileiro, o cargueiro Macau, pelo submarino alemão U-93 perto da costa da Espanha. Como o navio foi capturado e o comandante feito prisioneiro, uma imensa pressão popular obrigou o governo a tornar o Brasil o único país da América Latina a declarar guerra à aliança germânica.
Na prática, a participação do país se deu com o envio de médicos e aviadores à Europa e com a cooperação com os ingleses na patrulha do Atlântico Sul. O principal ataque que o Brasil sofreu na guerra, contudo, não veio do front inimigo.
Antes de chegar à Europa, no Atlântico, a gripe espanhola dizimou boa parte da tripulação dos navios enviados para lá: 176 pessoas foram mortas com o vírus – e nenhuma morreu em batalha.
Após a guerra, o Brasil foi convidado à Conferência de Paz que culminou com o Tratado de Versalhes, em 1919, e obteve vantagens: autorização para ficar com os navios alemães aprisionados e a devolução de depósitos bancários retidos desde 1914 na Alemanha, referentes à venda de 2 milhões de sacas de café.
Fonte: Aventuras na História