Manual de Desmontagem e Montagem do Revólver Rossi 7 tiros calibre 22 LR (Mod. Princess).
Apostila em formato PDF contendo 139 páginas e mais de 250 fotos mostrando a desmontagem e montagem desse conhecido e popular revólver brasileiro.
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Ficha técnica:
Ø Pais de origem: Brasil
Ø Calibre: 22 LR
Ø Capacidade: 7 cartuchos
Ø Ação: Dupla
Ø Comprimento do cano: 2 e 3 polegadas
Ø Miras: Fixas
Ø Acabamento: Niquelado e oxidado.
Fabricante:
A Rossi (Amadeo Rossi S.A.) é uma fabricante de armas brasileira, fundada em 1889 em São Leopoldo, RS, famosa pela produção das clássicas garruchas, revólveres adotados em todo o país por civis e forças de segurança, além de suas espingardas de um e dois canos.
Muitas de suas armas foram exportadas e era considerada uma das maiores fabricantes de armas do Brasil. Na década de 70 ela passou a ser distribuída pela Interarms Virginia, nos Estados Unidos. Continuou sendo exportada até 1997, quando fundou a BrazTech, representante própria da Rossi na América do Norte. Seus revolveres tiveram grande popularidade nos Estados Unidos, Canadá e alguns países da Europa.
A linha de produção de revólveres e armas de mão foram compradas pelas Forjas Taurus e atualmente a Rossi produz apenas espingardas de caça e também possui uma linha de armas de pressão própria, conhecidas como Rossi Dione.
Desde 2010, a Rossi não produz mais armas de fogo para venda no mercado brasileiro, desde então passou a se dedicar exclusivamente a distribuição e importação de armas de pressão e de airsoft, esporte que segue em alta no Brasil desde sua legalização.
As armas da Rossi ainda podem ser encontradas no mercado estrangeiro, feitas pela Amadeo Rossi (exclusivamente para exportação), ou agora com o nome da Taurus armas.
Atualmente a Rossi distribui no Brasil armas de pressão das marcas Beeman, Hatsan, SAG, Zoraki, Crossman, dentre outras. Além de airsofts das marcas HFC, CQB, Swiss Arms e Crossman.
O Revólver Rossi Princess
O revólver Rossi Princess foi fabricado entre 1957 e 1984 pela tradicional empresa gaúcha Amadeo Rossi e foi uma arma bastante popular no Brasil em virtude de seu tamanho, calibre e preço acessível em relação a outras armas.
Era produzido em Zamac (liga metálica por composta de Zinco, Alumínio, Magnésio e Aço Carbono) numa iniciativa da Amadeo Rossi com a utilização de novos metais na fabricação de armas de fogo e que mais tarde, se tornaria um erro por parte da empresa pois este metal não tem a mesma resistência do aço carbono.
Esses revólveres apesar de terem um belo acabamento, apresentava alguns problemas como por exemplo, um “peso muito grande” do gatilho (para acioná-lo) que fazia com que a arma não fosse muito precisa em seus tiros; após muitos disparos o Rossi Princess também apresentava folga ente cano e armação e isso gerava um espaço maior entre cano e tambor (GAP) fazendo com que a arma perdesse muita pressão durante o disparo.
Eles se tornaram muito comuns também, pelo fato de durante muitos anos o calibre 22 LR e esse tipo de arma não terem controle por parte dos órgãos competentes e dessa forma, era facilmente adquirido em qualquer cidade e local e isso gerou muitos homicídios no Brasil. Qualquer mercado público, lojas de ferragens, lojas de miscelâneas e até rodoviárias era possível comprá-los.
Quando as autoridades perceberam isso começaram a controlar sua venda da mesma forma que controlava outras armas de fogo, que naqueles anos também não era muito confiáveis.
Tanto os revólveres com canos de duas ou três polegadas, predominantemente tinham seus acabamentos cromados, mas, fazendo algumas buscas na internet para acrescentar a esse manual de desmontagem e montagem, este autor veio a descobrir que o Rossi Princess também foi fabricado com acabamento oxidado. Todavia, não foi encontrada nenhuma foto desse modelo aqui em sites brasileiros, tendo somente encontrado alguns raros registros em sites americanos de venda e leilões de armas, como este das duas fotos abaixo.
Em um dos modelos de embalagem original do revólver, de um determinado período de sua fabricação, ele aparece na cor escura, mas não podemos afirmar se isso era devido algum recurso gráfico tecnológico da época ou se era por que o revólver era no modelo oxidado.
Posteriormente a Amadeo Rossi vendia o revólver em uma embalagem mais moderna e com a foto do revólver na versão cromada e estampada na tampa da mesma e em seu manual.
Como a literatura e fonte de informação sobre armas antigas fabricadas aqui no Brasil são pouquíssimas se torna um trabalho bastante difícil fornecer mais detalhes. Os próprios fabricantes poderiam dar mais detalhes sobre seus produtos, assim como ocorre nos EUA e outros países.
No caso do Rossi Princess, por exemplo, não sabemos se o mesmo foi vendido aqui no Brasil com acabamento oxidado ou se somente foi exportado. Da mesma forma, não se tem nenhum registro se ele era vendido com os dois tipos de acabamentos desde o início de sua produção.
Pelo que consta, durante o período de fabricação desses revólveres (e de outros modelos de armas também) a Amadeo Rossi usou duas logomarcas, conforme mostradas abaixo. A da esquerda, em suas primeiras versões, tinha o inicial A R (Amadeo Rossi) e posteriormente foi substituída pelo modelo da direita que continha o nome Rossi.
Durante o tempo que foi fabricado, a Rossi forneceu o revólver com 3 modelos de empunhaduras diferentes.
A Rossi também chegou a vender o revólver em um belo estojo, todo forrado por forrado com um material que parece ser um tipo de vinil com a logomarca em dourado e no seu interior um tecido aveludado.
Quando nos referimos anteriormente sobre as dificuldades que encontramos para descobrir alguma informação sobre as armas brasileiras, à título de curiosidade só encontramos em um único site norte americano uma vista explodida desse revólver e mesmo assim, incompleta (sem nomes das peças). Para ter certeza que não é de outro modelo da Rossi, basta contar o número de câmaras do cilindro (tambor). São 7 e a Rossi não fabricou outro revólver com capacidade de 7 cartuchos.
O Princess é essencialmente uma cópia do terceiro modelo Smith & Wesson Ladysmith, com a adição de uma barra de transferência estilo Iver Johnson, molas helicoidais e um pino de disparo tipo rebote.
Segundo informações colhidas no site gun auction a versão de cano de 2 polegadas foi designada pela Rossi como o Modelo 25, e a versão de cano de 3 polegadas Modelo 13 (ao menos para os EUA. Quando a arma chegou ao mercado dos EUA, parece ter sido chamada de Ladysmith por padrão, mas outro nome comercial era necessário para isso e algum gênio do marketing decidiu por “Princess” (pricesa). Suponho que algum nome semelhante fosse inevitável, devido ao tamanho pequeno da arma e à semelhança com o Ladysmith.